QUAL O TEMPO QUE TEMOS?

Qual o tempo que temos para nos encontrar? A resposta parece óbvia e poderia dizer que a vida é o tempo que temos. Mas na verdade eu acredito que o viver da vida será a nossa constante oportunidade de nos encontrar, isso porque, cada momento em que vivemos é um convite para abrirmos a porta do nosso coração e assim, encontrarmos o imenso céu que existe em nós. A medida que nos damos conta desse céu e identificamos as nossas estrelas, a nossa própria constelação encontraremos nosso lugar no mundo, então saberemos para onde caminhar deixando que cada uma delas possa iluminar o caminho. Nesse vasto universo interno que temos a medida que vamos caminhando, também vamos nos conhecendo, vamos encontrando a luz de cada uma das estrelas da nossa constelação e quando finalmente conseguirmos chamá-las de nossa tomamos um pouquinho mais daquilo que somos, ganhamos força para vivermos a nossa vida verdadeiramente. Por isso, até a ultima estrela finalmente ser reconhecida e possa brilhar, até a nossa ultima respiração acontecer a vida será sempre um ascender de nós mesmos. E talvez uma vida não seja ainda o suficiente para nos encontrarmos completamente, porque muitas vezes perdemos tempo olhando para as estrelas desejando entendê-las ao invés de aceitá-las simplesmente como são, outras vezes buscamos a distância porque na ignorância do Ego acreditamos que assim elas são perfeitas, pois preferimos viver alinhados aquilo que criamos como céu na nossa ignorância imaginação de que estamos no controle. Quando na verdade tudo que desejamos é viver o brilho de uma noite estrelada e não a escuridão da perfeição, pois está não existe! A única coisa que nos leva a viver desejando a perfeição é o medo de deixar o controle e apenas se entregar para a vida, de ver que perfeita é apenas a morte e que por medo dela e por egoísmo resistimos em viver a soma daquilo que somos. Deixamos de ver o verdadeiro céu que temos, mas quando não somos capazes de ver de onde viemos consequentemente não seremos capazes de ver as estrelas iluminarem o caminho para onde deveremos ir. E mesmo que lá no fundo da nossa alma é tudo aquilo que desejamos, na verdade temos medo de ver o mundo todo que temos dentro de nós, temos medo de nos somar a ele, isso porque, desejamos controlar uns aos outros e assim, resistimos a nos mesmos, resistimos a força que somos quando aceitamos apenas o nosso lugar nesse mundo de outros. É preciso aceitar que a vida não é perfeita, que nós não somos perfeitos e está tudo certo! Para poder enxergar como realmente somos, recebemos tudo aquilo que precisávamos para hoje viver a vida e fazer dela o melhor que podemos. Talvez todo esse medo seja apenas a nossa criança revoltada por ter sido solta para viver a própria vida, talvez seja o medo de enxergar que agora somos grandes e precisamos lidar com as nossas imperfeições, nossas dores ou talvez seja apenas o Eu tentando se curar do egoísmo de resistir a soma de tudo aquilo que sou. Pois no fundo, minha alma deseja olhar esse céu, esse mundo com dignidade para a mim mesmo encontrar. E enfim encontrar o lugar certo da minha estrela nesse céu de constelações! Namastê!


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