Olhar para dentro as vezes pode parecer desconfortável e até desesperador e não é porque você é uma pessoa ruim e ou porque você não está a altura de viver uma vida plena e feliz, na verdade olhar para si vai muito além de olhar para sua luz e para sua sobra. Quando escolhemos voltar-se para nós mesmos é como se nos atirássemos em queda livre, é como se lançar em um voo sem nem mesmo saber voar, sem nem mesmo saber a altura da qual nos lançamos. Mas ainda assim escolhemos voar, pois nascemos para voar, nascemos para e vivenciar a plenitude deste voo, nascemos para voar o nosso voo livre. Livres a voar, livres a confiar, mas um confiar de que mesmo sem saber o que vamos encontrar, ainda assim sabemos que tudo é uma questão de olhar, olhar e entender de que estamos no melhor lugar, que estamos sempre a aprender. Porém isso só acontece quando nos abrimos para conhecer e reconhecer as infinitas possibilidades que existe dentro de nós  e imediatamente é como se criássemos raizes profundas, pois passamos a sentir e saber exatamente onde o nosso coração deseja nos guiar, é como se sentimos a verdadeira seiva da vida circulando dentro de nós. Não se trata do corpo, nem da mente e sim do ser interior que se abre para vivenciar e contemplar este lindo voo. Mesmo que de primeiro momento seja a altura e a profundidade o nosso maior medo e desconforto, ainda assim isso é o que nosso coração deseja. Aliás, a altura e a profundidade é tudo que desejamos! Porque a altura é quando finalmente nos sentimos dignos de receber tudo de mais grandioso e valioso que o universo tem para oferecer, quando finalmente nos sentimos como um todo e parte do todo. E a profundidade é quando tomamos coragem de olha para dentro de nós mesmos e que apesar da escuridão que vemos não nos sentimos pequenos, diminuídos e ou frágeis diante de tamanha escuridão, mas é quando aprendemos a confiar e ver as infinitas possibilidades dentro de nós, é quando somos capazes de ver a luz e a escuridão como um constante aprendizado e evolução pessoal, é quando não deixamos a escuridão ser maior do que nossa verdadeira luz e naturalmente o desabrochar do amor acontece, é quando finalmente aprendemos a amar! Amar a nós mesmos exatamente como somos e principalmente aprendemos a esperar por nós, aprendemos a ser pacientes conosco e com nossos próprios processos. E então é quando finalmente sua altura e sua profundidade se conectam e se completam entre si, o momento em que ficamos prontos para olhar a nossa volta e se lançar em novas direções neste lindo voo da vida. É o exato momento em que nossas asas confiantes desabrocham em busca de outras direções e não é porque você já explorou tudo que tinha dentro de si e ou se aperfeiçoou em voar, mas é porque você aprendeu a se amar e a confiar no que a vida tem para te oferecer e sabe que tudo é um constante aprendizado e evolução pessoal. É o exato momento em que aprendemos a escutar e seguir o coração na certeza que ele sempre dirá como e para onde voar. E em fim sermos capazes de desfrutar da existência da vida com mais plenitude e serenidade.