Através dos olhos somos capazes de ver as mais belas coisas, um lindo por do sol, as flores, a pessoa amada, nossos filhos… Afinal, somos uma espécie muito visual e isso é uma característica humana, mas tem uma frase que gosto da qual não me recordo o autor mas que diz assim: “os olhos são o espelho da alma” ou seja através dos olhos expressamos aquilo que sentimos, desejamos, através do olhar vemos também sentimentos e emoções. Isso porque ele reflete a nossa alma. Mas é também através do olhar que viajamos para outros lugares, perdemos o foco do momento presente é também através do olhar que nossa alma acessa a fuga, a nossa mente distorce os fatos criando narrativas que alimentam a dor, a tristeza que nutrem o passado e não mais o presente. É o que chamamos de olhar cego, ou seja, vemos apenas aquilo que desejamos ver e não a realidade como ela é de fato. Com isso por vezes deixamos de ver e viver a verdadeira beleza da vida, os momentos prazerosos com quem amamos, deixamos de ver as pessoas exatamente como são e quanto é importante o papel de cada uma no mundo, isso porque focamos apenas naquilo que queremos “no final feliz”! Mas e o meio do caminho? Sim, porque essa frase diz “no final”, ou seja, o fim do nosso caminhar.  Buscamos apenas a perfeição mas somente a morte é perfeita! A vida é imperfeita por isso estamos aqui nesse plano terreno para aprender, evoluir e a partir do momento em que cumprirmos nosso papel aqui desencarnamos com perfeição. Gosto de ter esse olhar de que a vida é perfeitamente ajustada a cada um de nós e que se não estou feliz deve ser porque não estou fazendo a lição de casa certa e talvez o que esteja faltando é mudar o foco do olhar. Talvez o que precisamos é parar de olhar para o externo e trazer o nosso olhar para dentro. Sim, porque passamos boa parte da vida focados no externo, se identificando com tudo aquilo olhamos, assistimos, gerando assim infinitas narrativas mentirosas de quem somos e ou devemos ser, sentir, falar. E com isso não há paz! Lembre-se que nós estamos dentro do corpo físico e não fora. Experimente fechar os olhos por um instante e apenas sentir sua respiração, sentir você, sentir o seu silêncio. Com certeza sentirá paz! Isso porque, você se conectou com sua verdade, com aquilo é sem estímulos e influencias externas. Gosto de todos os dias fechar os olhos e sentir o “EU”, nem que seja por alguns instantes, apenas para lembrar que estou dentro e não fora. Porque isso é meditar, é mergulhar no santuário interno e acompanhar meus sentimentos e emoções, para que assim, eu saiba observar e separar a minha verdade daquilo que é narrativa, ou seja, as mentiras que a minha mente cria a partir do olhar e das experiências externas. Olhar interno é como um treinamento do qual você aprende a olhar, a conhecer você e assim viver a sua verdade, estando livre, em paz e feliz a partir da sua maneira de ver e viver a vida.